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A evolução dos preços da carne bovina e das principais fontes alternativas de proteína animal

Neste Boletim CiCarne, os pesquisadores analisam a evolução dos preços da carne bovina e das principais fontes alternativas de proteína animal desde janeiro de 2020.

A evolução dos preços da carne bovina e das principais fontes alternativas de proteína animal

O boletim CiCarne que ao final de abril de 2020 analisou os preços da carne bovina no início da da pandemia de COVID-19 (Boletim 2) indicava a queda dos preços de cortes de carne bovina no Brasil nos meses de fevereiro e março de 2020, reflexos da menor procura, em boa parte devido ao isolamento social e fechamento compulsório de restaurantes. Após pouco mais de um ano, os pesquisadores do CiCarne analisam a evolução dos preços até agora.

 

Na figura 1, todos os preços foram transformados no tempo inicial em uma unidade e, portanto, ao longo do gráfico fica fácil ver a variação de preço em relação ao seu próprio valor em janeiro de 2020, o primeiro mês do gráfico. Assim, o ovo em abril de 2020, apresentou o valor 1,14, ou seja, nesse mês, o preço foi 14% maior em relação ao valor de janeiro. No caso do filé mignon, o valor de junho é 0,76, ou seja, 24% mais baixo do que o valor de janeiro.

As quedas de preço prosseguiram em parte do primeiro semestre de 2020, mas, ainda no primeiro semestre, começaram a se recuperar, com destaque para os cortes menos nobres (acém e costela). Em outubro de 2020, o ajuste de preço acumulado no ano já havia superado a inflação acumulada no período para quase todos os principais cortes, com exceção apenas do filé mignon, que até maio de 2021 ainda estava com ajuste acumulado 12,5% menor do que a inflação no período.

A carne de porco e frango em pedaços seguiram trajetórias semelhantes aos cortes de carnes bovinas menos nobres, por servirem como substitutos. O ovo teve uma trajetória bem diferente, com pico em abril de 2020, seguida de uma queda, mas com recuperação à medida em que o consumo e preço de carnes em geral voltou a subir, o que deixa evidente ser a fonte de proteína animal que substitui as carnes em geral.
 
A evolução do preço da arroba do boi gordo (média a prazo do Estado de São Paulo apurada pelo CEPEA) ajuda a entender a evolução dos preços de cortes de carne ao consumidor. Puxada pelo aumento das exportações em tempos de pandemia, mas segurada pela redução de consumo em restaurantes e dos abates (devido ao fechamento de frigoríficos por risco do COVID-19) ocorridos em abril de 2020, os preços de boi gordo e abates apresentaram estabilidade no início de 2020. Contudo, voltaram a subir quando o consumo familiar doméstico parece ter mais que compensado a redução dos clientes comerciais, como restaurantes, hotéis, etc. a partir de maio, junto com a normalização do funcionamento dos frigoríficos que fez o efeito das exportações ser percebido com mais força.
 
Para os próximos meses, no curto prazo, é de se esperar que a tendência de alta dos preços de carnes e ovos se mantenha, agora, também, puxada pelo novo auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal, a perspectiva de recuperação da economia com a intensificação da vacinação contra a COVID-19 na população, e a redução de abates (o menor nível desde 2009, no primeiro trimestre de 2021). 

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