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Rondônia começa a exportar tambaqui e ração para o Peru

Rondônia começa a exportar tambaqui e ração para o Peru

Começa a dar resultados internacionais a Rodada de Negócios do Tambaqui  de Rondônia realizada em dezembro de 2016 pela Superintendência de Estado do Desenvolvimento Econômico (Suder) em parceria com a Federação do Comércio de Rondônia (Fecomércio) e a Associação Comercial e Industrial de Ariquemes (Acia). Nesta quinta-feira (6), o titular da Suder, Basílio Leandro; e a gerente de Fomento de Comércio Exterior, Alisângela Lima, reuniram-se em Porto Velho com o empresário peruano Christian Alarcon, da Amazonic Foods, que fechou negócios com a compra de tambaqui e ração para peixes do Frigorífico Zaltana Pescado, de Ariquemes.

De acordo com o empresário, que atuava no setor de material de construção, a viabilização do negócio com o frigorífico se deu graças ao incentivo do governo de Rondônia, com a promoção de eventos, como a Rodada de Negócios, da qual ele participou e disse ter ficado “encantado”. Segundo ele, esse tipo de apoio governamental não é comum no Peru. “O incentivo do governo dá mais credibilidade e segurança para as partes no momento de fechar o negócio”, ponderou.

Basílio Leandro explicou que faz parte do entendimento do governador Confúcio Moura trabalhar com os países sul-americanos e africanos, que têm afinidade e interesses comuns com o Brasil, em especial Rondônia, mudando a filosofia tradicional de discutir negócios com americanos e europeus, numa relação desigual, pois estes têm mais interesse de apenas vender para o Brasil. Ele citou a Semana de Integração Brasil-Bolívia, encerrada na quarta-feira (5), e sugeriu para que seja promovido evento semelhante com o Peru.

Christian Alarcon explicou que nesta quinta-feira estão sendo transportadas as primeiras 30 toneladas de ração de Ariquemes a Brasileia (AC), de onde será feito o transbordo até Puerto Maldonado, capital do Departamento Madre de Dios. A expectativa é que em duas semanas seja feita a remessa das primeiras dez toneladas de tambaqui inteiro sem vísceras, o que está dependendo apenas de uma documentação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Nova remessa de ração está prevista para agosto, quando o empresário peruano virá participar da inauguração oficial da fábrica de ração da Zaltana, no dia 18. “Esse negócio é também a consolidação da Estrada do Pacífico, pois o Peru quer vender para o Brasil e também comprar”, citou.

Como Christian demonstrou interesse de promover o tambaqui para as redes de supermercados de Lima, capital do Peru, ainda no encontro desta quinta-feira Basílio e Alisângela o convidaram a participar como parceiro de um coquetel que o governo de Rondônia promoverá para autoridades governamentais e empresários daquele País, no dia 26 de setembro, na Embaixada do Brasil em Lima para degustação, em especial, da costelinha de tambaqui. O momento servirá também para lançarmos a 7ª edição da Rondônia Rural Show de 2018”, adiantou Alisângela Lima.

EXPOALIMENTÁRIA

O coquetel será realizado um dia antes da abertura da Expoalimentária 2017, que acontecerá de 26 a 29 de setembro, em Lima, da qual Rondônia participará pela primeira vez, numa iniciativa do governo estadual e de empresários, sob a liderança da Federação das Indústrias (Fiero) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RO). “Na ocasião, o governo de Rondônia levará carne, peixe, café, milho e arroz, que são produtos prontos para exportação, enquanto o Sebrae está com um chamamento público para empresários com vistas à prospecção de negócios; e a Fiero Levará empresas do setor de alimentos”, disse Alisângela.

Antes do coquetel em Lima, o governo rondoniense participará da Rodada de Negócios em Arequipa, capital do Departamento Arequipa, que objetiva viabilizar o intercâmbio comercial entre os dois países.

Para o superintendente Basílio, a participação de Rondônia nestes eventos é uma resposta positiva às estratégias do governador para a expansão dos negócios, que conforme o próprio Christian Alarcon citou, tem viabilizado o intercâmbio comercial, aproximando os empresários, e fez com que ele conhecesse a piscicultura rondoniense. “Essa relação tem que ser bilateral. Não podemos importar de um País e as carretas voltarem vazias”, afirmou Basílio, consciente de que Rondônia tem muito a oferecer para os demais países, assim como receber.

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