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Último ano em que Acre e Rondônia tiveram que vacinar todo rebanho

Esses locais já estarão fora do calendário de vacinação contra aftosa, em novembro, como prevê o PNEFA. Também haverá mudança na dose da vacina

Último ano em que Acre e Rondônia tiveram que vacinar todo rebanho

Neste ano, pela última vez todo o rebanho dos estados do Acre, Rondônia, parte do Amazonas e parte de Mato Grosso foram vacinados contra aftosa obedecendo todas as datas do calendário nacional. Em maio do ano que vem, ainda farão a vacinação dos animais, mas, já em novembro, estarão fora do calendário de vacinação de bovinos e bubalinos. O plano estratégico 2017-2016 do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) prevê a retirada gradual da vacinação no país.

No primeiro semestre de 2018 ainda foram utilizadas as vacinas trivalentes (vírus A,C e O) e bivalentes (A e O), na dosagem de 5ml. Em novembro a maior parte das vacinas de 5 ml eram bivalentes pela retirada do tipo C, pois há anos não é registrada mais a circulação viral desta cepa de vírus. No ano que vem, serão feitas duas mudanças significativas na vacinação: a primeira modificação acontece com o tipo de vacina que será apenas bivalente.

A segunda será a dosagem da vacina que passará a ser de 2ml, e poderá ser aplicada preferencialmente por via subcutânea por provocar menos reações, mas sendo aceita também a aplicação intramuscular.

Os produtores precisam estar atentos para usar a dose correta da vacina e não haver sobre dosagem no animal, o que pode provocar caroços, edemas, inchaços e até abscesso se houver contaminação. As campanhas iniciarão em 15 de março no Amazonas e seguirão até 15 de dezembro no Pantanal, concentradas nos meses de maio (1ª etapa) e de novembro (2ª etapa) na maioria dos estados.

PNEFA

O PNEFA visa criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa com vacinação e ampliar as zonas livres sem vacinação. O programa será executado até 2026. O reconhecimento do país como livre da doença com vacinação ocorreu em maio deste ano, em Paris, durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O plano objetiva também fortalecer as medidas de prevenção e de redução de vulnerabilidades para febre aftosa em todo o país; aprimorar as capacidades do SVO (Serviço Veterinário Oficial) em todo o país, priorizando regiões mais vulneráveis; estimular parcerias público-privadas, ampliando a participação comunitária nas decisões e ações de prevenção da febre aftosa em todo território nacional, para garantir sustentação técnica, política e financeira ao programa; e, ainda contribuir para a modernização das ações de defesa agropecuária resultando no fortalecimento do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).

Campanha de vacinação

A vacinação contra a febre aftosa de todo o rebanho bovino e bubalino, estimou alcançar 217,4 milhões de animais. Assim, seguindo o calendário normal, que previa a vacinação em maio de todo o rebanho (201,2 milhões de cabeças), foram imunizados 197,8 milhões de animais, alcançando uma cobertura vacinal de 98,31%. Nada muda para os criadores de Santa Catarina, que não vacinam o rebanho desde 2000, já que o estado é considerado livre da doença sem vacinação.

No mês passado a meta da segunda etapa de vacinação era imunizar 96 milhões de animais com idade de até 24 meses. Os números finais da campanha de novembro deverão estar consolidados em janeiro de 2019.

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