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#Fábio Liotto

O Agro de Rondônia na Rota da Reforma

O Agro de Rondônia na Rota da Reforma

Por Fábio Liotto - Contador.

Pós Graduado em Contabilidade, Compliance e Direito Tributário; Gestão de Cooperativa de Crédito e Executivo em Empreendedorismo Contábil.

CRC RO 8400/0-2

Contato: (69) 98448-9401

Aprovada em 2023, a Reforma Tributária promete transformar o sistema de impostos sobre o consumo no Brasil. A mudança busca simplificar tributos e melhorar a eficiência econômica, mas também exige atenção especial do setor agropecuário, especialmente em estados com forte vocação rural, como Rondônia.

Com mais de 90 mil estabelecimentos agropecuários e o agronegócio representando cerca de 30% do PIB estadual, Rondônia será diretamente impactada pelas novas regras. Os produtores e profissionais da contabilidade rural precisarão se adaptar para manter a competitividade, evitar prejuízos e aproveitar oportunidades.

Neste cenário de transição, entender o que muda e se preparar com antecedência pode ser o diferencial entre prejuízo e crescimento.

2- Com a Reforma Tributária, cinco tributos atuais — PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS — serão substituídos por dois novos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de competência estadual e municipal.

Na prática, haverá um sistema mais transparente, com crédito em toda a cadeia de produção. Para o produtor rural, isso pode significar mudanças nos preços de compra de insumos e venda de produtos. A tributação será mais visível, exigindo atenção redobrada na organização fiscal e contábil da propriedade.

3-O Impacto para o Produtor de Rondônia Produtores rurais pessoa física com faturamento abaixo do limite estabelecido poderão continuar no modelo simplificado, porém com menor atratividade para compradores que não poderão aproveitar créditos.

Já os produtores pessoa jurídica precisarão reorganizar a contabilidade para se adaptar ao novo modelo de apuração do IVA.

Apesar do esforço inicial, o novo sistema permitirá o aproveitamento de créditos em toda a cadeia, o que pode gerar economia. No entanto, isso exigirá maior controle fiscal, emissão correta de notas e gestão contábil eficiente.

4. Desafios Específicos para Rondônia

A distância de centros urbanos e a carência de contadores especializados em áreas rurais tornam a adaptação à nova legislação um desafio para muitos produtores rondonenses.

A capacitação técnica será fundamental, e entidades como o SENAR e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) podem oferecer cursos e orientações práticas.

Deixar a adequação para a última hora pode resultar em perda de créditos fiscais, multas ou dificuldades de comercialização. A preparação precisa começar agora.

5. Oportunidade de Crescimento

A Reforma Tributária também traz boas perspectivas para quem decidir se profissionalizar. Produtores que organizarem suas contas terão maior acesso a crédito rural, incentivos e mercados mais exigentes.

O momento valoriza tanto o contador rural, como peça-chave da gestão tributária, quanto o produtor formalizado, que ganha destaque pela transparência e competitividade.

Com planejamento e orientação certa, a mudança pode ser o impulso que faltava para o agro de Rondônia crescer ainda mais.

 

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